Que me importa a lua, se eu não posso contemplar a sua beleza e entender o significado de sua existência?
Que me importa o amor, se eu não puder senti-lo dentro de mim e não puder refleti-lo em minhas atitudes para com o meu próximo?
Que me importa o vento, se eu não puder senti-lo em meu rosto, acariciando o meu corpo com o seu leve toque?
Que me importa as flores, se eu sou incapaz de contemplar a sua beleza e entender o significado de suas cores?
Que me importa a chuva, se eu não conseguir contemplar a sua beleza ao cair do céu, regando a terra com sua magnífica expressão de vida?
Que me importa a existência, se sou incapaz de permanecer em silêncio para ouvir os sinais da vida?
Que me importa os sentimentos, se sou incapazes de interpreta-los?
Que me importa as pessoas, se não sou capazes de ama-las?
Que me importa a brisa da noite, se não posso compreender a sua resiliência?
Que me importa a paixão se sou incapaz de entregar-me a ela?
Que me importa a vida se eu não tiver alguém para compartilhá-la?
Que me interessa o ocorrido, se eu não for capaz de aprender com ele?
Que me interessa os livros, se sou incapaz de me interessar por eles?
Que me importa o existir, se eu não compreender o valor real das pequenas coisas que me são apresentadas todos os dias?
Que me importa acreditar em Deus, se eu não traduzir a expressão da existência real Dele através da minha vida, no reflexo das minhas escolhas e nas intenções de minhas atitudes?
(Rita de Cássia Rodrigues. 31/03/2012)