quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Essa é a vida que tenho.

Não possuo outra vida, não possuo outra chance de nascer de novo. Tenho que me conformar que essa é a vida que tenho, com todas as suas grandes dificuldades, conquistas, perdas, fracassos, ou vitórias, essa é a minha vida.
Chega ser injusto imaginar que meu corpo permaneceu condicionado em uma barriga, envolto por uma bolsa, por longos nove meses, desenvolvendo sua estrutura e buscando a sustentação para sair daquele espaço solitário e aconchegante. Foram nove meses de espera para apresentar-me ao universo. Hoje, por uma fração de segundos posso perdê-la. Posso perder a vida em instantes, basta que ela em mim se esgote.
Desejo abraçar a vida e ama-la, visto que essa é realmente a única que tenho. Desejo não esgotar meus dias me lamentando por algo perdido, mas desejo lutar para alcançar aquilo que ainda tenho forças para conquistar. Desejo não dispender tempo em odiar, magoar, resmungar, reclamar, condenar. Mas sim desejo gastar meus dias amando, conquistando, realizando, fazendo o bem, buscando o novo e aprendendo a extrair o conhecimento dos dias sombrios.
Cada amanhecer é um milagre divino. Felizes são aqueles que conseguem encontrar em cada amanhecer a satisfação de uma nova chance. Feliz o homem que fecha os olhos, envoltos pela escuridão da noite, e os abre no dia seguinte contemplando a luz de um novo amanhecer... Esse é um dos maiores milagres da vida, infelizmente ignorado por muitos que não conseguem extrair das pequenas coisas o real significado do existir.
Essa é a vida que tenho! Olho para o amanhecer e encontro nele Deus. Olho para as lágrimas de uma criança e encontro a misericórdia. Olho para o sofrimento e encontro esperança. Olho para a angústia da humanidade e encontro paz. Olho para a fraqueza dos debilitados e encontro possibilidades. Olho para a sepultura de Cristo e encontro a ressurreição.
Essa é a vida que tenho. Peço a Deus resiliência, peço a Deus integridade, peço a Deus coragem.
Essa é a vida que tenho: Embriago-me com o cálice da indignação. As pessoas são fortemente reconhecidas pelo poder que detêm ou pelo dinheiro que possuem, nunca são vistas e admiradas pela doçura das palavras, pelas bondades dos gestos, pela simplicidade com que vivem suas vidas ou pelo poder do perdão.
A grande alegria é saber que cada um por si pode conduzir a sua própria vida fazendo suas próprias escolhas.
Essa é a vida que tenho e quero nela poder desfrutar de sonhos. Pois chego à conclusão que a vida sem sonho é como o inverno sem frio, o céu sem estrelas, o mar sem as ondas, o calor sem o sol ou a chuva sem as gotas de água. A vida seria vazia sem sonhos. Desejo permanecer sonhando. Pois essa é a minha vida!
(Rita de Cássia 08/12/2011)

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